Buscas incansáveis, que mais pareciam
Não ter fim.
Tentei, tentei e tentei. Não consegui.
O corpo recostado numa estrutura maciça.
A cabeça sob meu travesseiro.
Nos ombros, carregava o peso da dor da espera
E a espera da cura para o desgosto,
Para a amargura.
Tentei fugir.
Para algum canto em que as atitudes não parecessem
Tão ameaçadoras; Algum lugar tão longe
Da consciência de uma mente atormentada.
Para onde os olhos deixassem de enxergar
O erro, apenas o errado.
E voltasse à luz. De fronte para o canto sombrio
De um quarto, solitária.
Uma luz, sem túnel. A mesma que se vê
Em cada descoberta, na idéia salvadora.
Ou algo que me trouxesse, por favor, a salvação.
Tão longe estive de minha redenção.
Desistir ou prosseguir? Errado.
Desisti prosseguindo.
Corria, percorria, me escondia, mas continuava parada.
Eu mesma, muito prazer, tentando arrancar
Meus turbulentos pensamentos.
Em fuga, vestindo o manto do medo,
Na carência de discernimento.
Corri, percorri, não me escondi.
Mais pareci uma covarde,
Tentando encontrar abrigo
Em um mundo desabrigado;
A mão dupla em um único acostamento.
Prosseguir ou prosseguir? Errado.
Deixar de ver para observar.
Esperar para crer e aguardar.
Continuei parada.
Subi, desci, corri, percorri – tudo dentro de mim.
De volta ao mundo real...
Os olhos turvos, ofuscados por um brilho letal.
Embaçados por um lacrimejar importuno.
Enquanto pensava em nada,
Esperava pensar em tudo.
Eu chorava... Deus!, eu chorava.
Mas nem isso percebi...

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