O começo de tudo.

No início... Bem no início de minha caminhada, me fora apresentada uma tal de leitura. Me enrolei em seus sentidos, e debruçada diante de todas as brilhantes maravilhas que me proporcionava, eu me mantive. Quando senti, longinquamente o consciente exigir mais, me ergui e me pus a desbravar um mundo de curiosidades. Tropecei em uma técnica de expressão chamada escrita. Desde então, passei a aderi-la.
Foi quando decidi, obstinadamente, que esta deveria ser o meu refúgio particular. E de lá para cá, confesso, venho realizando descobertas inimagináveis. A prática contínua da escrita, me fez adentrar e conhecer mundos dos mais variados tipos que existem. Só então percebi que não se pode limitar a imaginação. É tudo muito maior do que se parece. E abusando disto que chamo de dom, cheguei à seguinte conclusão: Ler, não é somente adquirir conhecimento; Escrever, é mais do que dar rumo ou designar acontecimentos, é possuir o controle do mundo e ter o poder de fazer deste, o que quiser.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O Manto do Medo



Buscas incansáveis, que mais pareciam
Não ter fim.
Tentei, tentei e tentei. Não consegui.
O corpo recostado numa estrutura maciça.
A cabeça sob meu travesseiro.
Nos ombros, carregava o peso da dor da espera
E a espera da cura para o desgosto,
Para a amargura.
Tentei fugir.
Para algum canto em que as atitudes não parecessem
Tão ameaçadoras; Algum lugar tão longe
Da consciência de uma mente atormentada.
Para onde os olhos deixassem de enxergar
O erro, apenas o errado.
E voltasse à luz. De fronte para o canto sombrio
De um quarto, solitária.
Uma luz, sem túnel. A mesma que se vê
Em cada descoberta, na idéia salvadora.
Ou algo que me trouxesse, por favor, a salvação.
Tão longe estive de minha redenção.
Desistir ou prosseguir? Errado.
Desisti prosseguindo.
Corria, percorria, me escondia, mas continuava parada.
Eu mesma, muito prazer, tentando arrancar
Meus turbulentos pensamentos.
Em fuga, vestindo o manto do medo,
Na carência de discernimento.
Corri, percorri, não me escondi.
Mais pareci uma covarde,
Tentando encontrar abrigo
Em um mundo desabrigado;
A mão dupla em um único acostamento.
Prosseguir ou prosseguir? Errado.
Deixar de ver para observar.
Esperar para crer e aguardar.
Continuei parada.
Subi, desci, corri, percorri – tudo dentro de mim.
De volta ao mundo real...
Os olhos turvos, ofuscados por um brilho letal.
Embaçados por um lacrimejar importuno.
Enquanto pensava em nada,
Esperava pensar em tudo.
Eu chorava... Deus!, eu chorava.
Mas nem isso percebi...

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