O começo de tudo.

No início... Bem no início de minha caminhada, me fora apresentada uma tal de leitura. Me enrolei em seus sentidos, e debruçada diante de todas as brilhantes maravilhas que me proporcionava, eu me mantive. Quando senti, longinquamente o consciente exigir mais, me ergui e me pus a desbravar um mundo de curiosidades. Tropecei em uma técnica de expressão chamada escrita. Desde então, passei a aderi-la.
Foi quando decidi, obstinadamente, que esta deveria ser o meu refúgio particular. E de lá para cá, confesso, venho realizando descobertas inimagináveis. A prática contínua da escrita, me fez adentrar e conhecer mundos dos mais variados tipos que existem. Só então percebi que não se pode limitar a imaginação. É tudo muito maior do que se parece. E abusando disto que chamo de dom, cheguei à seguinte conclusão: Ler, não é somente adquirir conhecimento; Escrever, é mais do que dar rumo ou designar acontecimentos, é possuir o controle do mundo e ter o poder de fazer deste, o que quiser.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Memórias


Na casa, as paredes revestidas

Com os quadros que carregam
As provas da vida perfeita que ela levava.
Objetos, dispersos por tantos cômodos.
Bilhetes espalhados por cada canto.
Nos lençóis da cama, as marcas
Do carinho compartilhado; 
Nos estofados, todas as tardes chuvosas,
As noites escuras, os segredos... Os sorrisos. 
Na vitrola, rodava a melodia
Dócil, cuja sinfonia fora sempre
A trilha sonora dos melhores 
Momentos.
Na mente, ah! Neste lugar!
Onde ela pensa, relembra, revive tudo -
Como se não se cansasse.
E nutre a ideia – mesmo que ingênua,
De que ele tornará a girar as chaves 
Na fechadura e trará consigo
Todas as noites o sentido
De sua vida – agora – metódica.
Luta, relutante, insistente
Para esquecer a ideia – a verdade –
De que ele – agora – se fora para sempre. 
Não voltará. 
Ele não voltará nunca mais.

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