Costumava dizer e pensar coisas sem sentido;
Coisas que, nem sempre todos entendiam.
Costumava esperar, esperar tanto
De nada.
Costumava me ferir, me ferir sozinha.
Costumava reclamar de tudo
Por nada.
Costumava a me acostumar
Com o que não devia;
Costumava a esquecer, também
O que não devia.
Costumava querer
O que não podia;
O que eu sabia que,
Não bastava apenas querer,
Pois eu tinha de buscar.
E costumava desistir,
Sem tentar, sem querer,
Sem continuar.
E sabe por quê?
Costumava me entregar
Facilmente ao improvável.
...
Hoje, o improvável vive me dizendo:
“Não passo de fruto dos teus medos. Não ligue para mim.
Vá, menina, esta é a tua hora. Vá!”
E eu repito comigo mesma:
- Sim, esta é a minha hora.

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